O Dicio, dicionário online de português, define “catarse” como um substantivo feminino que representa a “libertação do que estava reprimido ou a sensação de alívio causada pela consciência de sentimentos ou traumas anteriormente reprimidos“.
Sabe o clichê do reels e do TikTok que diz que você aos 30 anos é feliz fazendo as coisas que você queria fazer aos 13 anos porque agora você pode e não precisa se envergonhar de ser quem é? Pra mim isso foi catarse, e foi o que aconteceu comigo.
É muito bom fazer parte de um clichê. Sendo uma pessoa preta, neurodivergente e queer, não é algo que eu posso dizer com tanta frequência, já que os clichês não foram exatamente pensados comigo em mente. Posso dizer que me senti abraçada, e que às vezes é bom você levar uma chacoalhada de um reels viral pra perceber que nenhuma experiência é realmente única. Isso é bom. É reconfortante saber que eu não estou sozinha nessa.
Acabou que toda essa reflexão sobre os meus 13 anos, sobre as coisas que eu gosto e sobre o que é realmente libertador pra mim me fez lembrar que uma coisa que eu tinha quando tinha 13 anos, era um blog. Então aqui estou eu. Eis-me aqui. De novo.
Na minha época, o primeiro post de um blog era o mais difícil de escrever, e fico feliz que isso não mudou, porque eu sentei com essa página em branco um tempão pra decidir o que eu ia publicar primeiro–em compensação, eu já tenho em mente várias coisas que eu quero compartilhar. E é bom agora ter um lugar onde eu posso fazer tudo isso mesmo que ninguém esteja vendo.
Eu sinto que não tenho muito o que dizer: o blog está aqui, e existe, é real, e está aberto! O que mais eu poderia dizer?
Então fique à vontade, e que esse primeiro post sirva de inspiração pra você fazer o seu! Se você está esperando um sinal, que seja esse!
Fiquem bem e usem máscara,
Duds ✸
Luly Lage says
Nossa, Duds, que DELÍCIA te ver feliz nos clichês que te fazem bem! É bom demais a gente se encontrar onde a gente é feliz! Que os 30 e poucos sigam especiais assim!